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Um Oceano Muito Pouco Pacífico

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Mensagem por Demi Mars ∞ Ter 1 Nov 2011 - 14:30



Maninho, eu e a Sofia não herdavamos nada? Ò.Ó Relações cortadas tou fula maninho!
Amei Wizard XD
Demais, é mesmo lindo ahahah
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Mensagem por Enma Misaki Qua 2 Nov 2011 - 1:02

seira 290 escreveu:

Maninho, eu e a Sofia não herdavamos nada? Ò.Ó Relações cortadas tou fula maninho!
Amei Wizard XD
Demais, é mesmo lindo ahahah

È claro que herdavam, eu quando é para partilhar, partilho de maneira igual para todos
Logo tu e a Sofia também seriam herdeiras
P.S: Wiz, falhas te nessa da herança
xD
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Mensagem por Convidad Sáb 5 Nov 2011 - 2:43

Muito engraçado!
(Eu n vejo a PlayBoy!!!)
Parte favorita:
"- Fica quieta, Caren - disse a Atena, colocando-se à frente da Coco - não me obrigues a soltar o meu cosmos contra ti..."
xD Continua!
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Mensagem por Wizard Dom 11 Dez 2011 - 18:02

Thank you, pessoal. Mas quanto a isso da herança... er... se a Seira290 tivesse morto o Dei, não sei se ele estaria muito interessado em deixar-lhe os seus pertences. Quanto à Sofia... ah, isso da Coco-Chan foi só uma maneira de pôr o nick de outra pessoa do fórum na história... ^_^

Capítulo 13:

- E então, Leite Batido, onde é que devemos começar a procurar as princezecas?! - perguntou a Arara, seguindo o companheiro aos saltinhos.
- Tem calma, Arara... - disse o Lady Bat, esfregando a cabeça - deixa-me pensar... contigo a falar não consigo pensar bem, né?!
De repente, a fada ficou muito quieta. Ao reparar que esta já não estava a segui-lo, o Bat olhou para trás e observou-a. De seguida, os olhos dela marejaram-se de lágrimas e ela desatou a chorar e a berrar.
- Só me faltava esta... - suspirou o Bat, realizando um facepalm - o que foi agora, Arara?
- É que... é que... - disse a Arara, entre soluços - é que... este capítulo tem o número do azar! Buaaaaaaaah!
- Isso é uma completa superstição! - reclamou o Lady Bat, irritado, batendo com o pé no chão (havia de ser onde, no tecto?) - nada mais que uma superstição falsa e nojenta! Uma vez apanhei um trevo de quatro folhas para me dar sorte na missão! Sabes como é que acabou? Com o lojista a perseguir-me com uma estaca de madeira na mão e a cruz de Cristo na outra para tentar recuperar o raio da garrafa de groselha! Ah, maldita memória! Enfim, como vês, as superstições existem apenas teoricamente. Já na prática, são uma treta completa, Arara.
- Oh, agora não tens pena de uma pobre e infeliz fadinha como eu a chorar aqui, sozinha na rua, num boulevard de sonhos despedaçados?! - perguntou a Arara, com cara de criança revoltada.
- Teria pena se houvesse razão para isso! - rosnou o Bat, cada vez mais irritado - ouve lá, eu não sou nenhuma ama-seca, sabes? Uma vez tentei ser e fui despedida quando os pais descobriram o que aconteceu ao pescoço do filho! O Lord R mandou-nos aos dois nesta missão para trabalharmos juntas eficazmente, e não para eu te consolar por causa de uma porra de uma crença maldita!
- Já chega! - gritou a Arara, parando de chorar e adoptando uma expressão furiosa - vou fazer isto sozinha! Mais vale só do que mal acompanhada! Fui!
E assim, a Arara transformou-se numa fadinha pequenina e voou para longe, preparando-se para começar a sua própria busca.
- Er... Arara... - comentou o Lady Bat, corado - esqueceste-te das tuas roupas aqui...
Mas a fada não voltou. E assim, como não sabia que outro destino dar-lhes, o Lady Bat mastigou e engoliu as roupas da companheira (ou ex-companheira). De seguida, prosseguiu a sua busca, tentando pensar num plano para capturar as princesas. Eis que, de repente, algo respondeu às suas preces: o vampiro acabou por deparar-se com uma placa que dizia o seguinte: "Está desesperado/desesperada e não sabe como vencer o seu inimigo? Pois venha aqui ao meu estabelecimento e dir-lhe-ei um plano brilhante para o esmagarmos como um insecto!".
- O que a gente faz quando está desesperada... - comentou o Bat, suspirando e seguindo na direcção da placa.
Pouco depois ele deparou-se com outra placa: "O sabor da vitória está cada vez mais próximo...". E, cerca de um minuto depois, mais outra: "Não desista, não desista, que a vingança está quase nas suas mãos!". E mais outra: "Não desespere, não desespere! Na certa já quase consegue ouvir a vítima a guinchar por misericórdia!". Foram só precisos alguns passos para o Bat ver uma nova: "Mas você não vai ter misericórdia, pois não?". E, após alguma caminhada, o vampiro chegou a uma humilde casinha entre os prédios. Foi só preciso ele bater uma vez na porta para que ela se abrisse repentinamente.
- Oh, finalmente, uma cliente! - exclamou uma velha do outro lado, entusiasmada - entre, entre, entre! Sente-se aí na poltrona! Quer uma mantinha para os pés? Um café quentinho, talvez? Você fuma cocaína? Tenho cá alguma!
- Algo me diz que você não costuma receber clientes... - comentou o Lady Bat, sentando-se na tal poltrona.
A expressão da velha passou de entusiasmada para aborrecida.
- Pois não, pois não... desde que fui expulsa do meu cargo, tenho sido uma desgraçada... mas juro que isso não vai durar muito tempo, porque irei vingar-me! Ahahahahahah! Eu chamo-me Yzma! E a senhora?
- Na verdade, sou um homem... - corrigiu o Lady Bat, baixando os calções e as cuecas e voltando a pô-los no lugar após alguns segundos.
- Ah, não diga disparates, mulher! - exclamou a Yzma, com um gargalhada - mas deixemo-nos disso, agora! Bem, suponho que tenha vindo para me ajudar a vingar-me do Kuzco!
- Kuzco? - perguntou o Bat, confuso - eu nem o conheço... eu quero é capturar as...
- Ah, é muito simples! - exclamou a Yzma, ignorando o cliente - primeiro, transformas-o num grilo! Depois, metes-o dentro de uma caixa! De seguida, comes a caixa! Após algumas horas, cagas a caixa! E, por fim, puxas o autoclismo e lá vai o Kuzco por água abaixo! Ah, e eu torno-me imperatriz! Brilhante, brilhante, brrrrilhante!
- Não! - exclamou o Lady Bat, levantando-se e fitando a Yzma com raiva - não me interessa nada esse Patusco, ou lá como se chama o gajo! Eu quero é derrotar e capturar as princesas sereias para as entregar ao Mestre R! Depois, quando ele tiver as sete pérolas, ele juntá-las-á e absorverá todo o poder delas e da Rainha da Água! E assim eu serei o seu mais fiel servo quando ele governar o mundo! Por fim, quando ele tiver excesso de confiança em mim, eu dou cabo dele e torno-me o supremo imperador das trevas! Isto é que é brilhante!
- Espera aí... - disse a Yzma, desconfianda - e quem é que tu transformas em esquilo?
- Não preciso desses animais nem de você - disse o Bat, virando-lhe as costas e dirigindo-se para a porta - esses seus planos não passam de uma ilusão! Até mais, tetravó da Dercy Gonçalves!
- O quê?! - bradou a Yzma, furiosa - não me podes fazer isto! Kronk, agarra-a!
- Primeiro quero saber o que fizeste à directora Amzy! - exclamou o Kronk, entrando na sala com um ar heróico.
- Fui - disse o Lady Bat, abrindo a porta, saindo e fechando-a rapidamente.
O vampiro afastou-se o mais rapidamente possível daquela casa. Quando percebeu que já estava em segurança, reduziu a velocidade e suspirou.
- "Realmente aquela velhaca não tem muito jeito para planos maquiavélicos... não me admira que ainda não tenha destruído o tal Musgo. Pois bem... não preciso dela para nada. Nem do raio daquela fadinha irritante. Preciso de um plano só meu, a condizer com o meu estilo... hum... eheh... e quer-me parecer que já tenho um..."
Pouco depois, o Lady Bat já estava em cima de um palco improvisado no meio de um pátio a anunciar que uma parada de homossexuais estava prestes a começar.

- Que caverna escura... - comentou a pequena Seira (sim, a princesa sereia, não a 290), que se encontrava agora nas profundezas do oceano Índico - será que devo entrar?
A princesinha olhou em volta, com um ar ligeiramente assustado. Não havia perigo à vista... mas será que naquela caverna havia alguém que lhe quisesse fazer mal? Ou será que podia encontrar ajuda? Quem sabe se agora aquele ser malvado de capuz não estaria a persegui-la agora...
- Bem... nunca saberei sem experimentar... - decidiu a Seira, suspirando e nadando para o interior da caverna.
Pelo que parece, a caverna não era muito longa: a sereiazinha só teve que nadar durante algum tempo para chegar ao seu fundo. E lá esperava-a ninguém mais ninguém menos do que a...
- Sara! - exclamou a Seira, aproximando-se da outra sereia - Sara, estás bem? O que fazes aí?
Mas a Sara não parecia estar bem: tinha um ar muito abatido, os cabelos muito despenteados e mais escuros do que o normal e parecia muito calma.
- Sara, por favor, diz alguma coisa! - exclamou a Seira, desesperada, abanando o braço da amiga.
- Não vale a pena - disse a Sara, afastando o braço - o Amor derrotou-me. Já não há nada que possa fazer.
- Sara! - exclamou a Seira, preocupada - que coisa tão feia para uma princesa sereia dizer! Estás a precisar de umas palmadas no rabiosque! Isto é, na cauda...
- Podes dar à vontade - disse a Sara, virando-lhe as costas - com força, se quiseres. A dor que irei sentir já não se irá notar ao pé da dor que encerro no meu pobre coração...
- Agora a sério, Sara! - exclamou a Seira, quase a chorar - o que se passa?! Diz-me! Eu posso ajudar!
- Ninguém pode ajudar-me.
- Não podes saber sem o dizeres!
A Sara suspirou e voltou a olhar para a Seira.
- Porque é que queres sabê-lo? Não quero que os outros sintam a amargura que eu já sinto!
- Somos amigas, Sara! - exclamou a Seira, já a choramingar - se uma de nós sentir uma forte dor, iremos chorá-la juntas.
A Sara ficou a olhar com um ar um pouco surpreendido para a outra sereia. Tão pequena que ela era e no entanto tinha um coração tão grande!
- Pois bem... lamento dizer-te isto, Seira. Por favor... se quiseres que eu pare de falar, é só pedires.
- Quero ouvi-lo até ao fim, Sara. Durante o tempo que quiseres.
A Sara engoliu em seco. Depois de limpar uma lágrima, ela começou a falar:
- Tudo aconteceu há uns anos, exactamente neste oceano. Desde muito pequena, eu procurava saber como era o mundo dos humanos. Fascinava-me que pudessem existir seres tão parecidos connosco por aí, e no entanto tão diferentes e longíquos...
- São realmente fantásticos! - exclamou a Seira alegremente - inventaram o cachorro quente, eles!
- Sim... e não só - disse a Sara, quase soltando uma risadinha - onde é que eu ia...? Ah, sim! E assim, ia à superfície várias vezes, ver como agiam os humanos de lá. Eram realmente impressionantes: de vez em quando, mesmo à noite, via alguns humanos a virem à praia, por vezes apenas um par... e mostravam ter um comportamento inexplicável, que me deixava cada vez curiosa... mesmo à frente dos peixes e das algas, os humanos abraçavam-se, beijavam-se, apalpavam-se, faziam sexo, roçavam-se um no outro, beijavam-se outra vez, faziam mais sexo...
- O que é fazer sexo...? - perguntou a Seira, com um ar muito inocente.
- É... é uma espécie de técnica de cozinha, que se usa para fazer bebés! - exclamou a Sara, atrapalhada.
- Então porque é que disseste "mesmo à frente dos peixes e das algas", como se isso fosse uma coisa muito vergonhosa?
- Er... os peixes acham que os bebés só devem vir dos ovos, e não da cozinha...
- Então os peixes comem os bebés com ovos e os humanos comem-nos com outros acompanhamentos?
- Não, nada disso! Enfim, esquece... ai, que já me perdi... ah, sim! Mas nada disso me fascinou tanto como aquela noite... lá estava ele, à janela, a utilizar um estranho instrumento musical que soltava uma bela melodia... um dia, numa visita à praia, acabei por conhecê-lo. Chamava-se Taro Mitsuki e era muito gentil. Pelo que ele dizia, ele sempre se tinha sentido algo curioso com o mundo marítimo. Éramos iguais, nós os dois, mas em pólos opostos...
- Mas disseste que foi neste oceano, e não no Glacial Árctico e no Antárctico!
- Cala-te, Seira, não estragues a emoção! Enfim... era muito gentil, ele... e inteligente... e interessante... e bonito... era todo bom... resumindo, era o homem perfeito! A minha vida também se tornou perfeita quando ambos confessámos o amor que sentiamos um pelo outro... pffft, como pude ser tão tola... enfim... após alguns tempos de namoro e à medida que nos conhecíamos cada vez melhor, o Mitsuki parecia ficar cada vez mais abatido de dia para dia. Quando lhe perguntava o que se passava, ele sorria, respondia que não era nada e mudava rapidamente de assunto. Eu sabia que ele estava preocupado com alguma coisa, mas não queria preocupar-me... um dia, estava decidida a ter uma conversa séria com ele. Eramos namorados, não é verdade? Deviamos ajudar-nos um ao outro. E esperei por ele... mas essa noite ele não apareceu. Nem na noite que se seguiu, e o mesmo para as longas e dolorosas noites por que passei. Era o clímax desta história. Tinha-se ido embora, ele... abandonou-me, deixou-me, despedaçou o meu coração em mil bocados irreparáveis! Porquê, Mitsuki, porquê?!
- Se calhar estavas quase na menopausa e ele foi meter-se com uma adolescente de cabelo azul.
- Disparate, Seira! Não gozes com as coisas sérias! Sem falar de que eu ainda sou relativamente jovem! Bem... e o que aconteceu depois?! Resolvi vingar-me! Não do Mitsuki, pois já não o encontrava, mas do mundo! Este mundo horrível, pútrido e injusto! Destruí o meu reino, invoquei grandes ondas que fizeram de um navio em pedaços e fugi para as profundezas, tentando afogar as minhas mágoas... e foi então que o encontrei. Gaito. Tão gentil, tão cavalheiresco, um objecto de estudo realmente impressionante... confessei-lhe as minhas mágoas e ele deu-me as dele. Juntos, jurámos que nos iriamos vingar da terra! Afinal, o mar não é o único produto dos males que ocorrem neste mundo...
- Ao menos os terráqueos fizeram o cachorro-quente. Os mares deram-nos o peixe-espada, coisa que eu odeio comer. Nem todas as comidas com hífen são boas.
- Ele prometeu-me que iria tomar controlo total sobre os sete mares e que iriamos ser ambos a governar o mundo em vez de sermos governados por ele. Encantava-me todo esse poder e determinação dele... mais uma vez, apaixonei-me. Segui o seu coração até ao fim, mesmo quando nos encontrávamos em lados opostos... vi e sofri com ele a destruição do nosso palácio... todo ele desmoronou-se, mas o nosso amor permaneceu intacto. Até aquele dia, aquele fatídico dia! Um dia, o Gaito disse que ia passar à terra para ver como estavam as coisas, e disse que voltaria antes da meia-noite. Não voltou ao tempo prometido. Após algum tempo de eu o ter encontrado, descobri que ele se tinha embebedado num bar gay. Estava mudado, ele... e não me quis mais. Um só dia bastou para que ele se tornasse uma bicha completa. E, mais uma vez, o Amor (neste caso o homossexual) levou a melhor e eu fui derrotada... e ainda hoje sofro nas profundezas deste horrível oceano. É uma história que não tem fim...
- Isso é muito triste, Sara... - disse a Seira, fungando e tentando limpar as lágrimas.
- Vá, Seira, não me enchas a caverna de ranho... - pediu a Sara, num tom de voz fraco - como se não bastasse a melancolia que já a conspurca...
- Bem, Sara... - disse a Seira, aproximando-se da amiga - os teus namorados partiram para uma nova vida. Porque não fazes como eles?
- Que queres dizer? - perguntou a Sara, confusa.
- Tu sabes o que eu quero dizer... - respondeu a Seira, sorrindo e aproximando-se ainda mais da Sara - podíamos ser as duas homossexuais. Que dizes?
- Tu sabes o que é um homossexual, Seira? - perguntou a Sara, agitada.
- Se sei! - exclamou a Seira - vivi quase toda uma temporada de Mermaid Melody dentro de um! Agora cala-te e beija-me...
- Não! - exclamou a Sara, empurrando a sereiazinha para longe com um braço. Isto fez com que a Seira fosse atirada contra uma parede da caverna e caísse no chão, a gemer - tu não sabes o que dizes! Não vou ser enganada outra vez e não vou deixar que tu o sejas!
- Sara, por favor... - balbuciou a Seira, a gemer - não te enterres mais nas profundezas...
- Já estou no seu fundo há muito tempo... - disse a Sara, olhando fixamente para a Seira e tirando uma faca sabe-se lá de onde - e tu, Seira... tu já sabes demais. Não te posso deixar viver com todos estes segredos e amargura... não quero que sofras a mesma história que eu... por isso perdoa-me, princesa... mas este é o teu fim!
Dito isto, a Sara nadou rapidamente em direcção à Seira e tentou cravar-lhe a faca na pele. Mas a Seira estava atenta, e conseguiu desviar-se.
- Sara, por favor! - implorou a princesinha, a tremer.
A Sara não respondeu e tentou uma nova investida. Novamente a Seira conseguiu desviar-se.
- Nem tudo está perdido! - as lágrimas saltaram dos olhos da sereiazinha.
- Este mundo está corrupto há muito tempo! - a Sara atirou-se mais uma vez para a Seira. Desta vez, antes que esta conseguisse afastar-se muito, ela conseguiu agarrar-lhe por um braço e empurrá-la contra a parede. O olhar da Seira parecia pedir-lhe que ela não fizesse aquilo.
- Sara, não...
- Silêncio...
- Sara, por favor...
- O teu sofrimento acaba aqui! - a Sara preparou-se para cravar a faca no peito da Seira.
- Sara! - gritou a Seira, adoptando uma expressão desesperada e furiosa - Sara, ouve-me! Tu... tu sabes o que acontece se me matares, não sabes...?
A Sara travou o ataque e ficou embasbacada, à espera que a sua vítima continuasse. Então a Seira adoptou uma expressão negra, sorriu e prosseguiu:
- Se me matares... voltarás a ser aquilo que nunca desejaste ser. O pesadelo que nunca mais queres reviver. Voltarás a ser a princesa sereia da pérola laranja.

Continua...

Ya, desta vez só me apeteceu fazer duas partes. Tava com preguiça... de qualquer maneira, acho que ambas são um pouco grandes.


Última edição por Wizard em Dom 29 Jan 2012 - 1:15, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Enma Misaki Dom 11 Dez 2011 - 19:26

Wooow uma discusão entre princesas sereias da perola laranja?
Que cena
^^
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Mensagem por Hanon Hosho* Dom 11 Dez 2011 - 19:34

Mesmo!
Que cena! ^^
Tá mesmo fixe e cómico xD
Continua Wiz por favor
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Mensagem por TsukiGirl Dom 11 Dez 2011 - 19:37

novov capitulo boa
bem esta fantastico como sempre
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Mensagem por Convidad Ter 20 Dez 2011 - 18:08

Como diria um amigo meu "- És um mongo!".
Está hilariante...
Continua...
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Mensagem por Sophie Ter 20 Dez 2011 - 20:09

Wizard escreveu:Thank you, pessoal. Mas quanto a isso da herança... er... se a Seira290 tivesse morto o Dei, não sei se ele estaria muito interessado em deixar-lhe os seus pertences. Quanto à Sofia... ah, isso da Coco-Chan foi só uma maneira de pôr o nick de outra pessoa do fórum na história... ^_^

Capítulo 13:

- E então, Leite Batido, onde é que devemos começar a procurar as princezecas?! - perguntou a Arara, seguindo o companheiro aos saltinhos.
- Tem calma, Arara... - disse o Lady Bat, esfregando a cabeça - deixa-me pensar... contigo a falar não consigo pensar bem, né?!
De repente, a fada ficou muito quieta. Ao reparar que esta já não estava a segui-lo, o Bat olhou para trás e observou-a. De seguida, os olhos dela marejaram-se de lágrimas e ela desatou a chorar e a berrar.
- Só me faltava esta... - suspirou o Bat, realizando um facepalm - o que foi agora, Arara?
- É que... é que... - disse a Arara, entre soluços - é que... este capítulo tem o número do azar! Buaaaaaaaah!
- Isso é uma completa superstição! - reclamou o Lady Bat, irritado, batendo com o pé no chão (havia de ser onde, no tecto?) - nada mais que uma superstição falsa e nojenta! Uma vez apanhei um trevo de quatro folhas para me dar sorte na missão! Sabes como é que acabou? Com o lojista a perseguir-me com uma estaca de madeira na mão e a cruz de Cristo na outra para tentar recuperar o raio da garrafa de groselha! Ah, maldita memória! Enfim, como vês, as superstições existem apenas teoricamente. Já na prática, são uma treta completa, Arara.
- Oh, agora não tens pena de uma pobre e infeliz fadinha como eu a chorar aqui, sozinha na rua, num boulevard de sonhos despedaçados?! - perguntou a Arara, com cara de criança revoltada.
- Teria pena se houvesse razão para isso! - rosnou o Bat, cada vez mais irritado - ouve lá, eu não sou nenhuma ama-seca, sabes? Uma vez tentei ser e fui despedida quando os pais descobriram o que aconteceu ao pescoço do filho! O Lord R mandou-nos aos dois nesta missão para trabalharmos juntas eficazmente, e não para eu te consolar por causa de uma porra de uma crença maldita!
- Já chega! - gritou a Arara, parando de chorar e adoptando uma expressão furiosa - vou fazer isto sozinha! Mais vale só do que mal acompanhada! Fui!
E assim, a Arara transformou-se numa fadinha pequenina e voou para longe, preparando-se para começar a sua própria busca.
- Er... Arara... - comentou o Lady Bat, corado - esqueceste-te das tuas roupas aqui...
Mas a fada não voltou. E assim, como não sabia que outro destino dar-lhes, o Lady Bat mastigou e engoliu as roupas da companheira (ou ex-companheira). De seguida, prosseguiu a sua busca, tentando pensar num plano para capturar as princesas. Eis que, de repente, algo respondeu às suas preces: o vampiro acabou por deparar-se com uma placa que dizia o seguinte: "Está desesperado/desesperada e não sabe como vencer o seu inimigo? Pois venha aqui ao meu estabelecimento e dir-lhe-ei um plano brilhante para o esmagarmos como um insecto!".
- O que a gente faz quando está desesperada... - comentou o Bat, suspirando e seguindo na direcção da placa.
Pouco depois ele deparou-se com outra placa: "O sabor da vitória está cada vez mais próximo...". E, cerca de um minuto depois, mais outra: "Não desista, não desista, que a vingança está quase nas suas mãos!". E mais outra: "Não desespere, não desespere! Na certa já quase consegue ouvir a vítima a guinchar por misericórdia!". Foram só precisos alguns passos para o Bat ver uma nova: "Mas você não vai ter misericórdia, pois não?". E, após alguma caminhada, o vampiro chegou a uma humilde casinha entre os prédios. Foi só preciso ele bater uma vez na porta para que ela se abrisse repentinamente.
- Oh, finalmente, uma cliente! - exclamou uma velha do outro lado, entusiasmada - entre, entre, entre! Sente-se aí na poltrona! Quer uma mantinha para os pés? Um café quentinho, talvez? Você fuma cocaína? Tenho cá alguma!
- Algo me diz que você não costuma receber clientes... - comentou o Lady Bat, sentando-se na tal poltrona.
A expressão da velha passou de entusiasmada para aborrecida.
- Pois não, pois não... desde que fui expulsa do meu cargo, tenho sido uma desgraçada... mas juro que isso não vai durar muito tempo, porque irei vingar-me! Ahahahahahah! Eu chamo-me Yzma! E a senhora?
- Na verdade, sou um homem... - corrigiu o Lady Bat, baixando os calções e as cuecas e voltando a pô-los no lugar após alguns segundos.
- Ah, não diga disparates, mulher! - exclamou a Yzma, com um gargalhada - mas deixemo-nos disso, agora! Bem, suponho que tenha vindo para me ajudar a vingar-me do Kuzco!
- Kuzco? - perguntou o Bat, confuso - eu nem o conheço... eu quero é capturar as...
- Ah, é muito simples! - exclamou a Yzma, ignorando o cliente - primeiro, transformas-o num grilo! Depois, metes-o dentro de uma caixa! De seguida, comes a caixa! Após algumas horas, cagas a caixa! E, por fim, puxas o autoclismo e lá vai o Kuzco por água abaixo! Ah, e eu torno-me imperatriz! Brilhante, brilhante, brrrrilhante!
- Não! - exclamou o Lady Bat, levantando-se e fitando a Yzma com raiva - não me interessa nada esse Patusco, ou lá como se chama o gajo! Eu quero é derrotar e capturar as princesas sereias para as entregar ao Mestre R! Depois, quando ele tiver as sete pérolas, ele juntá-las-á e absorverá todo o poder delas e da Rainha da Água! E assim eu serei o seu mais fiel servo quando ele governar o mundo! Por fim, quando ele tiver excesso de confiança em mim, eu dou cabo dele e torno-me o supremo imperador das trevas! Isto é que é brilhante!
- Espera aí... - disse a Yzma, desconfianda - e quem é que tu transformas em esquilo?
- Não preciso desses animais nem de você - disse o Bat, virando-lhe as costas e dirigindo-se para a porta - esses seus planos não passam de uma ilusão! Até mais, tetravó da Dercy Gonçalves!
- O quê?! - bradou a Yzma, furiosa - não me podes fazer isto! Kronk, agarra-a!
- Primeiro quero saber o que fizeste à directora Amzy! - exclamou o Kronk, entrando na sala com um ar heróico.
- Fui - disse o Lady Bat, abrindo a porta, saindo e fechando-a rapidamente.
O vampiro afastou-se o mais rapidamente possível daquela casa. Quando percebeu que já estava em segurança, reduziu a velocidade e suspirou.
- "Realmente aquela velhaca não tem muito jeito para planos maquiavélicos... não me admira que ainda não tenha destruído o tal Musgo. Pois bem... não preciso dela para nada. Nem do raio daquela fadinha irritante. Preciso de um plano só meu, a condizer com o meu estilo... hum... eheh... e quer-me parecer que já tenho um..."
Pouco depois, o Lady Bat já estava em cima de um palco improvisado no meio de um pátio a anunciar que uma parada de homossexuais estava prestes a começar.

- Que caverna escura... - comentou a pequena Seira (sim, a princesa sereia, não a 290), que se encontrava agora nas profundezas do oceano Índico - será que devo entrar?
A princesinha olhou em volta, com um ar ligeiramente assustado. Não havia perigo à vista... mas será que naquela caverna havia alguém que lhe quisesse fazer mal? Ou será que podia encontrar ajuda? Quem sabe se agora aquele ser malvado de capuz não estaria a persegui-la agora...
- Bem... nunca saberei sem experimentar... - decidiu a Seira, suspirando e nadando para o interior da caverna.
Pelo que parece, a caverna não era muito longa: a sereiazinha só teve que nadar durante algum tempo para chegar ao seu fundo. E lá esperava-a ninguém mais ninguém menos do que a...
- Sara! - exclamou a Seira, aproximando-se da outra sereia - Sara, estás bem? O que fazes aí?
Mas a Sara não parecia estar bem: tinha um ar muito abatido, os cabelos muito despenteados e mais escuros do que o normal e parecia muito calma.
- Sara, por favor, diz alguma coisa! - exclamou a Seira, desesperada, abanando o braço da amiga.
- Não vale a pena - disse a Sara, afastando o braço - o Amor derrotou-me. Já não há nada que possa fazer.
- Sara! - exclamou a Seira, preocupada - que coisa tão feia para uma princesa sereia dizer! Estás a precisar de umas palmadas no rabiosque! Isto é, na cauda...
- Podes dar à vontade - disse a Sara, virando-lhe as costas - com força, se quiseres. A dor que irei sentir já não se irá notar ao pé da dor que encerro no meu pobre coração...
- Agora a sério, Sara! - exclamou a Seira, quase a chorar - o que se passa?! Diz-me! Eu posso ajudar!
- Ninguém pode ajudar-me.
- Não podes saber sem o dizeres!
A Sara suspirou e voltou a olhar para a Seira.
- Porque é que queres sabê-lo? Não quero que os outros sintam a amargura que eu já sinto!
- Somos amigas, Sara! - exclamou a Seira, já a choramingar - se uma de nós sentir uma forte dor, iremos chorá-la juntas.
A Sara ficou a olhar com um ar um pouco surpreendido para a outra sereia. Tão pequena que ela era e no entanto tinha um coração tão grande!
- Pois bem... lamento dizer-te isto, Seira. Por favor... se quiseres que eu pare de falar, é só pedires.
- Quero ouvi-lo até ao fim, Sara. Durante o tempo que quiseres.
A Sara engoliu em seco. Depois de limpar uma lágrima, ela começou a falar:
- Tudo aconteceu há uns anos, exactamente neste oceano. Desde muito pequena, eu procurava saber como era o mundo dos humanos. Fascinava-me que pudessem existir seres tão parecidos connosco por aí, e no entanto tão diferentes e longíquos...
- São realmente fantásticos! - exclamou a Seira alegremente - inventaram o cachorro quente, eles!
- Sim... e não só - disse a Sara, quase soltando uma risadinha - onde é que eu ia...? Ah, sim! E assim, ia à superfície várias vezes, ver como agiam os humanos de lá. Eram realmente impressionantes: de vez em quando, mesmo à noite, via alguns humanos a virem à praia, por vezes apenas um par... e mostravam ter um comportamento inexplicável, que me deixava cada vez curiosa... mesmo à frente dos peixes e das algas, os humanos abraçavam-se, beijavam-se, apalpavam-se, faziam sexo, roçavam-se um no outro, beijavam-se outra vez, faziam mais sexo...
- O que é fazer sexo...? - perguntou a Seira, com um ar muito inocente.
- É... é uma espécie de técnica de cozinha, que se usa para fazer bebés! - exclamou a Sara, atrapalhada.
- Então porque é que disseste "mesmo à frent dos peixes e das algas", como se isso fosse uma coisa muito vergonhosa?
- Er... os peixes acham que os bebés só se devem vir dos ovos, e não da cozinha...
- Então os peixes comem os bebés com ovos e os humanos comem-nos com outros acompanhamentos?
- Não, nada disso! Enfim, esquece... ai, que já me perdi... ah, sim! Mas nada disso me fascinou tanto como aquela noite... lá estava ele, à janela, a utilizar um estranho instrumento que soltava uma bela melodia... um dia, numa visita à praia, acabei por conhecê-lo. Chamava-se Taro Mitsuki e era muito gentil. Pelo que ele dizia, ele sempre se tinha sentido algo curioso com o mundo marítimo. Éramos iguais, nós os dois, mas em pólos opostos...
- Mas disseste que foi neste oceano, e não no Glacial Árctico e no Antárctico!
- Cala-te, Seira, não estragues a emoção! Enfim... era muito gentil, ele... e inteligente... e interessante... e bonito... era todo bom... resumindo, era o homem perfeito! A minha vida também se tornou perfeita quando ambos confessámos o amor que sentiamos um pelo outro... phhht, como pude ser tão tola... enfim... após alguns tempos de namoro e à medida que nos conheciamos cada vez melhor, o Mitsuki parecia ficar cada vez mais abatido de dia para dia. Quando lhe perguntava o que se passava, ele sorria, respondia que não era nada e mudava rapidamente de assunto. Eu sabia que ele estava preocupado com alguma coisa, mas não queria preocupar-me... um dia, estava decidida a ter uma conversa séria com ele. Eramos namorados, não é verdade? Deviamos ajudar-nos um ao outro. E esperei por ele... mas essa noite ele não apareceu. Nem na noite que se seguiu, e o mesmo para as longas e dolorosas noites por que passei. Era o clímax desta história. Tinha-se ido embora, ele... abandonou-me, deixou-me, despedaçou o meu coração em mil bocados irreparáveis! Porquê, Mitsuki, porquê?!
- Se calhar estavas quase na menopausa e ele foi meter-se com um adolescente de cabelo azul.
- Disparate, Seira! Não gozes com as coisas sérias! Sem falar de que eu ainda sou relativamente jovem! Bem... e o que aconteceu depois?! Resolvi vingar-me! Não do Mitsuki, pois já não o encontrava, mas do mundo! Este mundo horrível, pútrido e injusto! Destruí o meu reino, invoquei grandes ondas que fizeram de um navio em pedaços e fugi para as profundezas, tentando afogar as minhas mágoas... e foi então que o encontrei. Gaito. Tão gentil, tão cavalheiresco, um objecto de estudo realmente impressionante... confessei-lhe as minhas mágoas e ele deu-me as dele. Juntos, jurámos que nos iriamos vingar da terra! Afinal, o mar não é o único produto dos males que ocorrem neste mundo...
- Ao menos os terráqueos fizeram o cachorro-quente. Os mares deram-nos o peixe-espada, coisa que eu odeio comer. Nem todas as comidas com hífen são boas.
- Ele prometeu-me que iria tomar controlo total sobre os sete mares e que iriamos ser ambos a governar o mundo em vez de sermos governados por ele. Encantava-me todo esse poder e determinação dele... mais uma vez, apaixonei-me. Segui o seu coração até ao fim, mesmo quando nos encontrávamos em lados opostos... vi e sofri com ele a destruição do nosso palácio... todo ele desmoronou-se, mas o nosso amor permaneceu intacto. Até aquele dia, aquele fatídico dia! Um dia, o Gaito disse que ia passar à terra para ver como estavam as coisas, e disse que voltaria antes da meia-noite. Não voltou ao tempo prometido. Após algum tempo de eu o ter encontrado, descobri que ele se tinha embebedado num bar gay. Estava mudado, ele... e não me quis mais. Um só dia bastou para que ele se tornasse uma bicha completa. E, mais uma vez, o Amor (neste caso o homossexual) levou a melhor e eu fui derrotada... e ainda hoje sofro nas profundezas deste horrível oceano. É uma história que não tem fim...
- Isso é muito triste, Sara... - disse a Seira, fungando e tentando limpar as lágrimas.
- Vá, Seira, não me enchas a caverna de ranho... - pediu a Sara, num tom de voz fraco - como se não bastasse a melancolia que já a conspurca...
- Bem, Sara... - disse a Seira, aproximando-se da amiga - os teus namorados partiram para uma nova vida. Porque não fazes como eles?
- Que queres dizer? - perguntou a Sara, confusa.
- Tu sabes o que eu quero dizer... - respondeu a Seira, sorrindo e aproximando-se ainda mais da Sara - podíamos ser as duas homossexuais. Que dizes?
- Tu sabes o que é um homossexual, Seira? - perguntou a Sara, agitada.
- Se sei! - exclamou a Seira - vivi quase toda uma temporada de Mermaid Melody dentro de um! Agora cala-te e beija-me...
- Não! - exclamou a Sara, empurrando a sereiazinha para longe com um braço. Isto fez com que a Seira fosse atirada contra uma parede da caverna e caísse no chão, a gemer - tu não sabes o que dizes! Não vou ser enganada outra vez e não vou deixar que tu o sejas!
- Sara, por favor... - balbuciou a Seira, a gemer - não te enterres mais nas profundezas...
- Já estou no seu fundo há muito tempo... - disse a Sara, olhando fixamente para a Seira e tirando uma faca sabe-se lá de onde - e tu, Seira... tu já sabes demais. Não te posso deixar viver com todos estes segredos e amargura... não quero que sofras a mesma história que eu... por isso perdoa-me, princesa... mas este é o teu fim!
Dito isto, a Sara nadou rapidamente em direcção à Seira e tentou cravar-lhe a faca na pele. Mas a Seira estava atenta, e conseguiu desviar-se.
- Sara, por favor! - implorou a princesinha, a tremer.
A Sara não respondeu e tentou uma nova investida. Novamente a Seira conseguiu desviar-se.
- Nem tudo está perdido! - as lágrimas saltaram dos olhos da sereiazinha.
- Este mundo está corrupto há muito tempo! - a Sara atirou-se mais uma vez para a Seira. Desta vez, antes que esta conseguisse afastar-se muito, ela conseguiu agarrar-lhe por um braço e empurrá-la contra a parede. O olhar da Seira parecia pedir-lhe que ela não fizesse aquilo.
- Sara, não...
- Silêncio...
- Sara, por favor...
- O teu sofrimento acaba aqui! - a Sara preparou-se para cravar a faca no peito da Seira.
- Sara! - gritou a Seira, adoptando uma expressão desesperada e furiosa - Sara, ouve-me! Tu... tu sabes o que acontece se me matares, não sabes...?
A Sara travou o ataque e ficou embasbacada, à espera que a sua vítima continuasse. Então a Seira adoptou uma expressão negra e prosseguiu:
- Se me matares... voltarás a ser aquilo que nunca desejaste ser. O pesadelo que nunca mais queres reviver. Voltarás a ser a princesa sereia da pérola laranja.

Continua...

Ya, desta vez só me apeteceu fazer duas partes. Tava com preguiça... de qualquer maneira, acho que ambas são um pouco grandes.

Ahahaha adoreii!!Ameii!!
Confesso que já estava com saudades!!
Continuaa!!!
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Um Oceano Muito Pouco Pacífico - Página 8 Empty Re: Um Oceano Muito Pouco Pacífico

Mensagem por Wizard Dom 29 Jan 2012 - 3:41

Arigatô pelos comentários. Ultimamente, tenho andado com preguiça para continuar as minhas fanfics aqui do fórum, devido à crença de que é difícil desenvolvê-las eficazmente (principalmente a dos "Cavaleiros da Luz", sendo que esta é a mais séria) e também por preguiça, sendo que estou habituado a escrever capítulos grandes.
Vou agora fazer um breve resumo dos últimos acontecimentos importantes desta história:

- Durante a festa na casa do Nagisa, a Caren, hipnotizada pelo R, tentou capturar a Noel e a Coco, mas acabou por ser noucateada por um golpe da Seira290. A Noel decidiu ir investigar a Caren para outro compartimento da casa, enquanto a festa continuava;
- Ao descobrir que a Hanon e a Rina tinham conseguido fugir do hospital e que a Lúcia tinha desaparecido, o R enfureceu-se, e, com a ajuda dos seus servos, arrebentou com uma das salas do hospital, matando alguns médicos. Depois de redistribuir funções pelos seus servos, ele obrigou o Doutor Rogers (o chefe dos médicos) a conduzi-lo pelo hospital até encontrarem o Listo, que pelos vistos é necessário para o R executar o seu plano maléfico;
- O Lady Bat e a Arara, que foram encarregados de procurar a Lúcia e outras possíveis princesas sereias que estivessem com ela, zangaram-se durante a busca e separaram-se. Após um contratempo com uma velha maluca de planos malucos chamada Yzma, o Lady Bat arranjou o seu próprio plano para atrair as princesas sereias;
- Por ordem do Mestre R, a Sheshe foi procurar a sua irmã Mimi e encontrou-a no jardim zoológico, aparentemente com alguns problemas com a sua baleia, a Beatriz. Ambas viram um helicóptero a passar pelo céu e a deixar cair o Listo, a Yuri e a Maria para cima da baleia, a qual os engoliu com satisfação. De alguma maneira, a Sheshe sabia que o Listo era um Pantalassa e que o R procurava membros dessa antiga raça. E assim, após as duas irmãs se reconciliarem, decidiram ir para o interior da baleia procurar o Listo;
- Após escapar às garras do R e da Arara, a princesa sereia Seira nadou por muito tempo até chegar às profundezas do oceano, onde achou que já estava segura. Ao deparar-se com uma caverna escura, a princesa entrou nela e encontrou a Sara, a ex-princesa da pérola laranja. Esta parecia estar num estado muito abatido. Após a Seira conseguir convencer a Sara a dizer-lhe o que se passava, esta contou-lhe, num longo e melancólico discurso, como se tinha apaixonado pelo Taro Mitsuki e pelo Gaito (não ao mesmo tempo) e como ambos a tinham deixado. Depois disso, a Sara, como não queria que a Seira sofresse por causa da terrível história que lhe contara, tentou matá-la, mas a princesinha fez-a pensar duas vezes ao relembrar-lhe de um pormenor importante: se a Seira morresse, a Sara voltaria a ser a princesa da pérola laranja, uma das últimas coisas que esta queria naquele momento.

Capítulo 14:

- Não está aqui... - observou o R, parecendo calmo - podemos prosseguir?
- Er... - disse o Doutor Rogers, a tremer - eu... eu receio que esta seja a última sala dos pacientes...
- Estou a ver... - disse o R, cruzando os braços - e as vossas câmaras, não detectaram nada?
- Eu... eu posso ir ver, Senhor! - exclamou o médico, correndo para a porta. Após levar a mão à maçaneta, tentou abrir a porta, mas falhou: estava trancada. Certamente alguém a teria trancado por fora... mas quem?
- Parece que temos um problema... - comentou o Rogers, nervoso.
- Errado, Doutor - disse o R, virando-se para ele - parece que VOCÊ tem um problema...
Dito isto, a porta foi rodeada por uma espécie de fogo negro. Ao sentir a porta quente, o Rogers saltou para trás, lançando um grito de dor e agitando a mão dolorida.
- Você falhou miseravelmente... - o R aproximou-se do médico, enquanto este se encolhia contra a parede - desde que começámos a busca aqui no hospital, comecei a sentir cada vez menos a presença do Pantalassa, e agora ela está praticamente extinguida... todos os seus alvos escapam por entre os seus dedos, Doutor Rogers. Mas garanto-lhe que você não vai escapar dos meus...
- Não pode fazê-lo! - exclamou o Rogers, choramingando - pense na Ciência! O bem que ela pode trazer ao mundo!
- Não procuro o bem do mundo, Rogers... - disse o R, aproximando a mão do pescoço do médico, que gemia cada vez mais - procuro o meu próprio bem! As trevas não permanecerão acesas sem o poder do egocentrismo... deixe-me mostrar-lhe o seu verdadeiro poder.
- Não! - gritou o Doutor Rogers. Mas era tarde demais. Logo que o grito tinha terminado, a mão do R cobriu o pescoço do médico e ergueu-o no ar, como se ele fosse apenas um brinquedo. Uma corrente de chamas negras surgiram na mão do R e envolveram o Doutor, fazendo-o gritar, gemer e choramingar ainda mais. O processo demorou mais alguns segundos. Pouco depois, o R deixou a pobre criatura cair no chão, indiferente à sua dor.
E de que pobre criatura se tratava? Tinha forma antropomórfica, mas era muito diferente de qualquer humano: tinha olhos vermelhos grandes e brilhantes, uma pele completamente negra, quase semelhante a uma sombra, não vestia qualquer roupa e não haviam indícios de pêlo, nem sequer na cabeça: fosse quem fosse, aquela criatura não era o Doutor Rogers. Não o Rogers que conhecemos.

- Está tanto frio... - disse a Mikaru entredentes, encolhendo-se entre dois rochedos dos Himalaias e sentando-se no chão, a tremer.
A pobre rapariga já estava naquele lugar há algumas horas, sem nada para fazer e comer. Parece que já tinha sido há muito tempo a última vez que ela tinha assistido a sua adorada pornografia... a Mikaru gostava mesmo de pornografia. Ela até estava a pensar criar o seu próprio site, com cenas filmadas por ela a mostrarem os vizinhos distraídos. Se o site se tornasse famoso, poderia chantagear os vizinhos com os vídeos ou até vender o site, o que lhe daria bastante lucro. Mas naquele lugar não podia fazer nada disso, porque não tinha ali computador e muito menos um modem de Internet.
Porque é que ela ainda tinha que ficar ali? Já tinha enviado o Mikeil para os anjinhos, como os Pantalassa tinham requerido... o Mikeil morrera! Foi voar com os pássaros! Apagou a luz! Turvou-se-lhe a visão! Apagou o histórico! Mudou de canal! Retirou as baterias! Terminou a refeição! Afundou-se no esquecimento! Entregou-se ao sono eterno! Convidou a sogra para um lanche! Bateu as botas! Desligou-se! Deixou de funcionar! Falhou na transmissão! Fechou os olhos! Parou de respirar! Esticou o pernil! Enrolou a língua! Enferrujou! Teve uma câimbra no cérebro! Travou instantaneamente! Supostamente, a Mikaru tinha chegado aos domínios dos Pantalassa devido ao seu falhanço no bungee jumping. Portanto, como o Mikeil arrumou o carro, devia ter ido parar lá também! Mas se calhar até tinha ido lá parar e os Pantalassa haviam-se esquecido dela...
A rapariga espirrou. Se morresse ali de frio, ao menos teria a satisfação de voltar aos domínios dos Pantalassa e perguntar-lhes o porquê de não ter sido enviada para casa. Ou pelo menos, o porquê de não terem deixado ali um computador com acesso à Internet de banda larga, para ela ir ver porn e jogar o Happy Wheels. Agora, mais do que nunca, a Mikaru desejava estar fechada no seu quarto, no quentinho...
- Porque é que fugi, Listo?! - a Mikaru levou as mãos à cara, tentando esconder as lágrimas, apesar de, supostamente, ninguém estar a vê-la - porquê, meu irmão?!
- Porque não te deixas de lamúrios, minha pequena? - uma voz um pouco esganiçada ecoou pelas montanhas.
- Quem... quem está aí?! - perguntou a Mikaru, parando de chorar e olhando em volta.
- Só mais um ser perdido, querida... - disse a voz, embora não demonstrasse um tom melancólico - mas ao menos está aqui alguém da minha laia...
- O que queres?! - perguntou a rapariga, levantando-se e continuando a olhar em volta - mostra-te!
- Estou aqui, descendente dos Pantalassa! - um jovem de cabelo branco aterrou à sua frente, como se tivesse caído dos céus.
- Mas tu és... - disse a Mikaru, aproximando-se dele para ver melhor.
- Gaito - respondeu o dito cujo, esboçando um sorriso convencido - sim, sou muito parecido com o meu irmão, o Kaito. Um rapaz bastante giro, por sinal. Aposto que andas sempre a tentar saltar-lhe para a cueca, se é que me entendes.
- És o irmão dele?! - perguntou a Mikaru, espantada - sabes onde ele está?!
- Lamento, mas não sei... - respondeu o Gaito, mantendo a expressão - o meu objectivo agoro é outro: procuro o Mikeil, um anjo extremamente belo e sensual, com uma voz puramente melodiosa... excito-me todo só de pensar naquela bicha a fazer massagens num sítio que eu cá sei, querida! Ai! Tenho a testosterona toda a saltar, o coração a bater tresloucadamente, o sangue e o esperma a correrem-se furiosamente pelo organismo só de pensar nesse pedaço de homem! Ai, que o entusiasmo é tanto!
- Certo... - disse a Mikaru, parecendo surpreendida e atrapalhada - espera aí... disseste Mikeil? Um anjo?
- Um anjo todo bom - corrigiu o Gaito, todo feliz - ai, que aqueles cabelinhos arrepiam-me todo...
- O Mikeil! - exclamou a Mikaru, voltando a pensar no anjo - ele foi ter com os Pantalassa!
- Os Pantalassa, hem...? - perguntou o Gaito, coçando o queixo - e porque razão, se é que posso saber...?
- Er... - começou a Mikaru, atrapalhada - porque... porque quis!
- Mesmo típico do meu querido e formidável Mikeil! - exclamou o Gaito - obrigado pela informação, menina... vou começar já a procurá-lo, e não desisto até o encontrar, nem que tenha que percorrer o mundo todo!
- Espera! - exclamou a Mikaru, aproximando-se do Gaito quando este se virava para ir embora - tu sabes... como é que faço para sair daqui?
- Ora, ora, minha querida... - disse o Gaito, com uma pequena gargalhada - faz como eu fiz para cá chegar: apanhas aquele teleférico e daqui a nada já estás no chão seguro. Depois, é só apanhares um transporte para a tua terrinha. Pela tua cara, deves ser... não deves ser Norueguesa, que essas são todas loirinhas de olhos azuis.
- Sou Japonesa... - afirmou a Mikaru, olhando para o teleférico e sentindo-se estúpida por não ter reparado nele antes.
- Japonesa? - o Gaito soltou outra gargalhada - não pareces nada! Os Japoneses dos desenhos animados costumam ter cores mais fofinhas... fofas, como o meu querido Mikeil... ai, as hormonas! Ai, que me está a dar uma ere...
- Compreendo! - interrompeu a Mikaru, que não estava para ouvir as fantasias do Gaito - obrigado pela dica. Os Himalaias ficam na Ásia, certo? Só preciso de um transporte para Leste... pena que não tenha dinheiro.
- Então rouba! - o Gaito partiu-se a rir e virou-lhe as costas - bem, até já, querida cunhada!
A Mikaru acenou com a cabeça como despedida e depois correu pelas montanhas aos tropeções, tentando chegar ao teleférico. Ao chegar ao serviço, deparou-se com um homem de idade, bem agasalhado.
- Desculpe, mas quanto é para ir para o outro lado? - perguntou a Mikaru educadamente.
- Cruzes credo! - exclamou o homem, assustado - queres morrer, tu?!
- Não! - exclamou a Mikaru, realizando um facepalm - eu quis dizer para o outro lado do teleférico!
- Quanto é... quanto é?! - perguntou o homem, ficando muito vermelho de repente - para que é que achas que eu preciso de dinheiro num sítio como estes, minha grande filha de uma vaca cagada?! Estou destinado a morrer aqui ao frio, ao pé desta porra de teleférico! Se morrer, o dinheiro não vai servir para nada, garota! E não creio que nenhum dos meus herdeiros vá aqui de propósito aos Himalaias buscar a porcaria do dinheiro, que nem sequer é muito! Agora põe-te a andar antes que eu me passe!
- Mas não posso ir de graça, então...? - perguntou a Mikaru, intimidada.
- De graça?! - perguntou o homem, enfurecendo-se cada vez mais - pensas que vivemos no quê, no paraíso?! Sabes que preciso dinheiro para me sustentar, não sabes, seu pedaço de exterco de uma porca vegetariana?! Porra, até parece que não conheces a sociedade, caramba! De graça... estes miúdos de hoje em dia...
- Eu quero ir para casa! - embirrou a Mikaru, batendo com o pé no chão.
- Olha, também eu queria muita coisa - disse o homem, levando um cigarro à boca e soprando o fumo para a cara da Mikaru, fazendo-a tossir - se tivesse ganho o Euromilhões, não estaria para aqui como um idiota chapado a procurar gente para utilizar este serviço num local inabitado!
- Mas eu... - subitamente, a Mikaru teve uma ideia. E assim, à maneira antiga, ela encenou um desmaio, fechando os olhos e caindo na neve, tentando apelar ao dó do homem.
- Olha, deu-lhe a fraqueira... - disse o homem, com uma breve gargalhada - era só o que me faltava. Lixo nesta zona não é bem-vindo.
Dito isto, o homem deu um pontapé na Mikaru. E lá foi a pobre da rapariga a rebolar pelas montanhas abaixo, com pena de não estar já morta.

Fim do Capítulo

P.S.: Se repararem em algum erro de ortografia, sintaxe, sentido, whatever... por favor avisem-me, que eu tenho a mania de ser certinho nestas coisas.


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Um Oceano Muito Pouco Pacífico - Página 8 Empty Re: Um Oceano Muito Pouco Pacífico

Mensagem por Enma Misaki Seg 30 Jan 2012 - 1:19

Eu pelo menos não notei nenhum erro
Adorei o capitulo
Coitada da Mikaru, ela so queria fugir dali
^^
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Mensagem por TsukiGirl Seg 30 Jan 2012 - 1:27

o capitulo esta fantastico mas coitada da mikaru ^^

bem nao me parece que tenha erros pelo menos nao me apercebi de nenhum
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